2017 | É NA BATIDA
“É no beat, é no feeling, é na batida. Como começou lá no Bronx, como foi aqui: você ouve o ritmo, o movimento começa”. A relação musical com o movimento das danças de rua, a percepção desse sentimento que quanto mais sincero acontecer no passo, mais encaixado ele fica, marca o início da trajetória investigativa do espetáculo É na Batida. Tanto nos duelos, quantos nos bailes; nos solos ou nos bondes; o espetáculo reúne narrativas e vivências dos dançarinos nas favelas paulistas e cariocas e as relaciona junto aos enfrentamentos atuais das danças urbanas dentro e fora das periferias.Com 8 dançarinos em cena, o espetáculo alterna composições de solos e duelos que encontra na Dança da Lagartixa (de origem tipicamente paulista); no Passinho, (oriundo das favelas cariocas); no break dance (vindo de NY), a possibilidade de desenvolvimento de uma coreografia dinâmica e de improviso, que se desdobra junto aos beats do DJ de funk carioca no palco. É na batida parte essencialmente dessa realidade das danças urbanas: absorver e incorporar características de outras danças – samba, frevo, hip hop – dispostas num vir a ser incessante de incorporação, recusa e assimilação de movimentos. É no resgate dos duelos, das vestimentas, na recordação dos bailes, na atualização das gírias, que o espetáculo arrisca imprimir uma nova linguagem em cena, acreditando ser esta uma tentativa de resposta e resistência, ao mostrar que a dança urbana está em constante transformação e não imobilizada no tempo. Criado a partir do fomento do Boticário na Dança 2017, com patrocínio do Proac, o espetáculo foi resultado de oficinas e ocupações realizadas nas periferias da zona norte de São Paulo e pesquisas nas favelas cariocas. Sob direção geral de Rodrigo Vieira, direção de movimento de Jaya Batista e dramaturgia de Tata Coutinho, É na Batida conta ainda como desdobramento final deste projeto, a participação do cineasta e cientista social Emilio Domingos para exibir o documentário A Batalha do Passinho e mediar um bate papo sobre a evolução cultural do Passinho.
Dançarinas e dançarinos – André Oliveira DB Celly IDD, DJ Seduty, Felipe Prudêncio, Fernanda Santos, Michel Quebradeira Pura, Ivo Alcântara, Stefany Alves e Vinicios Silva | Direção geral Rodrigo Vieira | Direção artística Jaya Batista | Dramaturgia Tata Coutinho | Trilha Dj Seduty, RAP – Letra da música “Enquanto a batida rolar”: Mamuti011 | Desenho de luz Marisa Bentivegna | Projeção visual Rodrigo Faustini | Figurino Carol Funke | Som Daniel Martins | Produção AnaCris Medina e Rodrigo Vieira | Técnico de montagem Duh França | Foto e Vídeo Truque, Coisa simples produções.
Este espetáculo foi patrocinado pelo O Boticário na Dança e realizado pelo Proac ICMS de São Paulo.
MÍDIA
Braga, Tercio. Espetáculo de dança explora Passinho das favelas do Rio. Metro World News, 23/11/2017. Disponível: https://www.metroworldnews.com.br/entretenimento/2017/11/23/espetaculo-de-danca-explora-passinho-das-favelas-rio.html
Dança Brasil. É na Batida. Dança Brasil, 2017. Disponível: http://dancabrasil.com.br/%C3%A9-na-batida
Jornal Rodonews. Espetáculo “É na batida” traz à cena a dança do Passinho, o Lagartixa e o Break. Rodonews, 22/11/2017. Disponível: http://www.rodonews.com.br/Cidade/Espetaculo-E-na-Batida-traz-a-cena-a-danca-do-Passinho-o-Lagartixa-e-o-Break-11661
Da redação. “É na Batida” traz à cena a dança do Passinho, o Lagartixa e o Break. Travelpedia, 19/11/2017. Disponível: https://travelpedia.com.br/danca-do-passinho/