2021 | SE PISCAR JÁ ERA
O encontro inesperado entre o passinho e a surdez é um encontro de pessoas que ouvem e não ouvem. A dança do passinho e seu lugar de alta performance ao “pontinho”, como é chamado pelas suas dançarinas e dançarinos, guia o ritmo e dá vida aos passos. Na batalha pelo beat, a dançarina e o dançarino ouvintes servem à música e ao ritmo, centralizam a sua escuta e criam o movimento pelo que ouvem. Para quem dança sem ouvir, a percepção do som passa por outros sentidos, especificamente pela visualidade e pelo toque da música na pele, e, só depois, produz o movimento. Tudo é descentralizado. O debate sobre o que entendemos por escuta e por dançar no ritmo da música se amplia. A maneira como hoje falamos das coisas é, em alguns aspectos, diferente, pois os modos de viver foram profundamente transformados. Por isso, o convite é para você abandonar os entendimentos habituais sobre ouvinte e surdo e tentar perceber aqui uma outra coisa.
Ficha técnica:
Dançarinas: Catharine Moreira e Celly Idd
Dançarinos: Bruno Ramos e Dg Fabulloso
Direção : Rodrigo Vieira
Direção artística: Alexandre Ohkawa
Assistente de direção: Helio Toste
Intérprete de Libras: Elaine Sampaio
Trilha: Davi Serrano
Pesquisa sonora : Laura Zimmerman, Davi Serrano e Lipe Araújo
Funk: Leony Fabulloso
Instalação sonora e operação: Daniel Martins e Gu
Desenho de luz e operação: Silviane Ticher
Figurino: Elenco e Luana Lorena
Produção : Evidências
Registro de vídeo e fotografia: Casa Líquida, Yve Louise, Luiz da Fonte e Osmar Zampieri
Arte gráfica: Davi Serrano e Paulo Medeiros
Instagram e facebook: Yve Louise
Professores: Celly Idd e Bruno Ramos
Espaços da criação e ensaios: Casa Liquida, LaFigueira – Piracaia, Teatro Centro da Terra, Teatro Sérgio Cardoso.
Se Piscar Já Era estreou em novembro de 2021, na Sala Paschoal Carlos Magno do Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista), nos dias 20, sábado, às 19h, e domingo, 21, às 16h e às 20h. Este espetáculo teve o patrocínio da ACT DIGITAL através da lei de incentivo à cultura. E contou com o apoio dos Amigos da Arte | MAM – Museu de arte Moderna de São Paulo | Cooperativa Paulista de Dança e Teatro Sérgio Cardoso.
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